quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ávana e Céu - Relatório - Dia 2


MANHÃ


Na manhã nublada do dia 22/12/09 tomamos nosso café da manhã e fomos nos preparar para a correria do dia. Entramos na van e pegamos Dora no meio do caminho. Tratei logo de ambientá-la no universo stufanense. Ao longo do percurso foram feitas algumas gravações dentro da van (diálogos de Céu e Ávana) e uma externa das personagens chegando numa cidade. Depois fomos direto para a locação da fazenda Serra Seca. Chegando lá as atrizes foram se caracterizar. Tamanha foi a transformação de Dora (Salete) e Teresinha (D. Lila) que realmente ficaram parecidíssimas uma com a outra.

A primeira cena a ser gravada foi a de Janaína e Dora, já que esta teria que voltar para o trabalho em Surubim. Ela avisou Felipe que estava disposta a ficar o dia todo, caso necessário, pois teria avisado no trabalho sobre as gravações. Mas ele preferiu não exigir isso dela. A cena de Janaína e Dora foi muito boa de se assistir – e tinha até público, os moradores da fazenda Serra Seca, vizinha à locação. O engraçado era ver Felipe dirigindo as atrizes e os moradores da fazenda para que as gravações pudessem ser desfrutadas por todos. Teresinha ficava imóvel e achava que até a respiração incomodava. Kyara dava uma de Daiane dos Santos e se contorcia toda para não aparecer nas imagens, e assim tirar bons ângulos das cenas.

A cena gravada nesse momento foi a do sonho em que Ávana via duas mulheres negras discutindo, uma muito parecida com ela e outra mais velha - eram mãe e filha. A composição de Mirtes (filha) foi escolhida por um dos autores Diego para ser a própria Janaína, enquanto Salete (mãe) era feita por Dora. A concentração das atrizes era impecável, dando um julgo de valor aqui, para mim foi a melhor cena do episódio, pois refletia claramente a minha visão na escrita. Elas tinham perfeito domínio da cena e eram fiéis ao que o texto pedia. Enquanto isso acontecia, Regina descansava para as gravações á tarde. Quando as gravações desta cena terminaram, Sr. Ricardo foi levar Dora para Surubim e Felipe começou novos ensaios na locação com Janaina e Terezinha. Naquela altura, Janaína já havia se trocado e voltado a ser Ávana.

Foi notável o nervosismo e inexperiência de Teresinha, mas o ensaio correu bem. As gravações começaram e a inquietação de Teresinha perdurou. O que se destacava eram a paciência de Felipe e a doçura de Janaina para mediar toda aquela situação.

Por conta do tempo nublado houve uma mudança nos planos e todas as gravações tiveram que acontecer naquele mesmo dia. O ator Plínio Maciel teve que ser dispensado, pois só chegaria para as gravações no dia seguinte. Quem assumiu o papel dele foi a atriz, modelo, fotografava, ginasta, Kyara Muniz. Só que tudo isso ficaria para a tarde, pois já era hora do almoço.

TARDE

O almoço de hoje foi em Vertentes, local onde se encontravam as raízes de Janaína. Foi um almoço rápido, porém caloroso, com a presença da tia de Janaína nos alegrando durante o almoço. Terminamos e voltamos logo para as gravações. Gravamos algumas externas da chegada da van e das atrizes pedindo carona na estrada. Gravamos alguns planos e contra planos de Céu. Também foram gravadas as cenas de Céu e Ávana chegando à casa abandonada. É bom ressaltar que a casa teria que passar por uma pintura, já que Céu via uma casa abandonada e Ávana uma casa habitável. Enquanto Felipe gravava a cena do Jipe com Kyara, Janaína e Regina (e também com a belíssima participação de Sr. Euclides fazendo uma ponta como ator), eu e Sr. Ricardo pintávamos a casa. Cena engraçadíssima, pois eu nunca pintei nada em minha vida, mas era bem monitorado por Sr. Ricardo. O resultado ficou ótimo e a casa estava pronta para filmar.

Com a cena do jipe gravada (que segundo Felipe, ficou ótima e engraçada), passamos à cena externa de Ávana e D. Lila. Teresinha já se sentia mais a vontade e a cena se desenvolveu bem. Assim, encerramos as gravações na fazenda. Presenteamos o casal Sr. Euclides e D. Iraci e a D. Lourdes e D. Fátima com um porta-retrato contendo as fotos que tiramos no decorrer das filmagens. Prometemos também retornar em Janeiro para mostrar o resultado do episódio. Dali, voltamos ao hotel em Surubim para jantar.

O jantar foi bem light em meio a sucos e açaí. Foi bem divertido e até teve uma situação maluca entre Janaína e um dos garçons. Antes que o namorado dela entenda mal, vou explicar: o garçom ouviu minha conversa com Jana e anotou os ingredientes de minha dieta como se fossem um pedido (kkkkkkkkkkk). Após o jantar fomos gravar uma cena extra para finalizar o episódio. Esta idéia veio lá mesmo em Surubim e casava com tudo o que ocorrera com as personagens. A decisão foi tomada em consonância comigo, que acatei a ideia de Felipe. A cena foi gravada em um parque de rua, onde as personagens se divertiriam numa roda gigante. Como Kyara me fez um pedido para que eu não colocasse minhas frases clichês. Eu e Regina escolhemos um trecho que é Luxo, Riqueza e Ostentação kkkkkk extraída da música “Roda Viva” de Chico Buarque:

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração.

Envolvidos no clima desta cena de Céu e Ávana numa roda gigante, terminamos as gravações do episódio de Diego Albuck e Ruy Aguiar. Eu e Kyara também curtimos a roda gigante, Sr. Ricardo e Teresinha ficaram sentados na praça e Felipe ficou conversando com Aliandro e seus amigos revivendo antigos tempos. Satisfeitos com o resultado, podíamos descansar, mesmo sabendo que ainda haveria trabalho no dia seguinte.

Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção

O episódio de Ávana e Céu de autoria de Diego Albuck e Ruy Aguiar, com as atrizes Janaína Gomes (Ávana e Mirtes) e Regina Medeiros (Céu). Atrizes convidadas: Auxiliadora Nascimento (Salete) e Teresa Santos (Dona Lila). Participação especial: Kyara Muniz (mulher no jipe) e Euclides (homem no jipe).

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